arcaico sino prosaico
e a noite cai, silenciosa e tenebrosa. cai e sai e vai furiosa. os sinos tilintam e ninguém para. o desespero aumenta mas ninguém ampara. a dor. sinos desesperados tilintam cansados. repetem-se. tilintam tilintam, mas ninguém vê. ou observa... enerva. a noite cai reticente. espreita pelos ombros da gente que contente sente somente aquilo que quer. mente.. triste.. tristemente. os sinos estão gastos. velhos e enferrujados do uso constante e desgastante do aviso sussurrante da mensagem escondida à vista de todos. patriotas idiotas, se fosse para salvar a pátria todos corriam.. anedotas. o tempo passa e a noite espreita novamente. tilintar aqui, tilintar ali, tilintam que se fartam, tilintam como nunca vi. mas a gente não para. o desespero cresce e a ferida não sara. o som é tão alto.. e perfurante.. perturbador e decerto fulgurante. mas ninguém vê, ninguém para, ninguém observa, ninguém fala nada. (calem-se lá, não se cansem mais, olhem é pe...