página de um diário repleto de mágoa
destrói-me e corrói-me e torna-me escravo,
seu manipulador detentor daquilo a que chamo amor.
prende-me a essas correntes a que chamas mãos,
acende-me como uma vela que cedo o vento mata.
deixa-me na escuridão sozinho e desprotegido,
abusa de mim enquanto ouves o meu gemido.
estou vulnerável e tu continuas a explorar-me,
serei eu uma mina de ouro ou só um brinquedo da sociedade?
preso e indefeso grito e choro sem parar,
exteriormente estou apático, já nem consigo respirar.
pareço um boneco inanimado sem vida e sem luz..
sirvo para ser usado, já ouço "truz truz!".
venham, violadores de corpos sedentos e mortos!
apressem-se antes que fiquem à espera do "um, dois, três, chegou a sua vez!".
a era da escravatura é mais real do que nunca.
olhas para mim e pensas "mas que fofura, que tal sugar-lhe a alma enquanto ela dura?".
não tens permissão, não te digo sim nem não.
como se isso te fosse parar..
afinal eu nem tenho razão, não é seu inocente delinquente?!
quem tem a cicatriz não és tu, seu demente deprimente.
o final é o pior.
especialmente detestável,
especialmente memorável.
chegou o momento em que mais uma vez te depositas em mim,
em que te misturas com o meu corpo, parece que por hoje chegou ao fim.
e eu, o que faço?
descanso interiormente, por fora estou morto, estático e quente.
seu manipulador detentor daquilo a que chamo amor.
prende-me a essas correntes a que chamas mãos,
acende-me como uma vela que cedo o vento mata.
deixa-me na escuridão sozinho e desprotegido,
abusa de mim enquanto ouves o meu gemido.
estou vulnerável e tu continuas a explorar-me,
serei eu uma mina de ouro ou só um brinquedo da sociedade?
preso e indefeso grito e choro sem parar,
exteriormente estou apático, já nem consigo respirar.
pareço um boneco inanimado sem vida e sem luz..
sirvo para ser usado, já ouço "truz truz!".
venham, violadores de corpos sedentos e mortos!
apressem-se antes que fiquem à espera do "um, dois, três, chegou a sua vez!".
a era da escravatura é mais real do que nunca.
olhas para mim e pensas "mas que fofura, que tal sugar-lhe a alma enquanto ela dura?".
não tens permissão, não te digo sim nem não.
como se isso te fosse parar..
afinal eu nem tenho razão, não é seu inocente delinquente?!
quem tem a cicatriz não és tu, seu demente deprimente.
o final é o pior.
especialmente detestável,
especialmente memorável.
chegou o momento em que mais uma vez te depositas em mim,
em que te misturas com o meu corpo, parece que por hoje chegou ao fim.
e eu, o que faço?
descanso interiormente, por fora estou morto, estático e quente.
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