histeria disfórica de um silêncio eufórico
eu grito, berro, falo alto e espero. eu corro, alcanço, falo alto e avanço. sou ícaro dos céus, eu bem voo e tento romper os véus. mas caio e fico enfraquecido, levanto-me novamente, o meu destino não está esquecido. sou ícaro dos céus, sonho alto e tento transcender-me. ignoro os treze velhos réus, quem são eles para tentar ofender-me? eu sou aquele que não desiste, o que assiste, persiste, mas que tem a alma triste. eu sou divino e domino a maluquice do Seu ensino... assassino! sou luz eterna e escuridão que espreita. sou fogo ardente e lágrimas de colheita. sou o sol imortal e a lua suspeita. sou as estrelas que brilham e a explosão perfeita. sou um tumulto interno, ser do mais quente inferno. sou o desespero mais fraterno, a perdição do eterno. talvez seja um nada, talvez seja um tudo. talvez um escumalha, talvez um sortudo. talvez o que seja nada interessa e nada sobeja. talvez aquilo que não sou seja aquilo que sou: tudo. ou, mais concretamente, nad...