histeria disfórica de um silêncio eufórico
eu grito, berro,
falo alto e espero.
eu corro, alcanço,
falo alto e avanço.
sou ícaro dos céus,
eu bem voo e tento romper os véus.
mas caio e fico enfraquecido,
levanto-me novamente,
o meu destino não está esquecido.
sou ícaro dos céus,
sonho alto e tento transcender-me.
ignoro os treze velhos réus,
quem são eles para tentar ofender-me?
eu sou aquele que não desiste,
o que assiste, persiste, mas que tem a alma triste.
eu sou divino e domino a maluquice do Seu ensino... assassino!
sou luz eterna e escuridão que espreita.
sou fogo ardente e lágrimas de colheita.
sou o sol imortal e a lua suspeita.
sou as estrelas que brilham e a explosão perfeita.
sou um tumulto interno, ser do mais quente inferno.
sou o desespero mais fraterno, a perdição do eterno.
talvez seja um nada, talvez seja um tudo.
talvez um escumalha, talvez um sortudo.
talvez o que seja nada interessa e nada sobeja.
talvez aquilo que não sou seja aquilo que sou: tudo. ou, mais concretamente, nada.
porque é que eu gritava, berrava, falava alto e esperava?
porque é que eu corria, alcançava, falava alto e avançava?
porque é que gastava a voz em algo tão inútil como esperar que alguém me fosse responder lá do alto da deceção, lá do pináculo da sabedoria, do cúmulo da paz e prosperidade, da terra dos magos e da feitiçaria?
eu gritava porque estava desesperado,
eu berrava porque estava frustrado,
eu falava alto para ver se me entendiam,
eu esperava para ver se me respondiam.
eu corria porque estava desamparado.
eu alcançava para não estar parado.
eu falava alto para ver se me entendiam,
eu avançava para ver o que faziam.
sou ícaro dos céus
e as minhas asas estão queimadas.
os meus sonhos despedaçados.
as minhas preces ignoradas.
roguei, rezei, pedi e supliquei.
mas a terra da feitiçaria
ficou estática, quieta e fria.
sou um nada e também um tudo.
sou o conhecimento e o obscurantismo.
sou o enganado e o tal sortudo.
sou tudo o que há, filho do fanatismo.
sou deus, sou celestial,
sou cósmico, sou universal!
sou terra e sou o céu,
sou destruidor do mais velho véu.
mas mais que tudo sou ícaro, o fracassado.
sou o espelho da vida, o infinito atormentado.
falo alto e espero.
eu corro, alcanço,
falo alto e avanço.
sou ícaro dos céus,
eu bem voo e tento romper os véus.
mas caio e fico enfraquecido,
levanto-me novamente,
o meu destino não está esquecido.
sou ícaro dos céus,
sonho alto e tento transcender-me.
ignoro os treze velhos réus,
quem são eles para tentar ofender-me?
eu sou aquele que não desiste,
o que assiste, persiste, mas que tem a alma triste.
eu sou divino e domino a maluquice do Seu ensino... assassino!
sou luz eterna e escuridão que espreita.
sou fogo ardente e lágrimas de colheita.
sou o sol imortal e a lua suspeita.
sou as estrelas que brilham e a explosão perfeita.
sou um tumulto interno, ser do mais quente inferno.
sou o desespero mais fraterno, a perdição do eterno.
talvez seja um nada, talvez seja um tudo.
talvez um escumalha, talvez um sortudo.
talvez o que seja nada interessa e nada sobeja.
talvez aquilo que não sou seja aquilo que sou: tudo. ou, mais concretamente, nada.
porque é que eu gritava, berrava, falava alto e esperava?
porque é que eu corria, alcançava, falava alto e avançava?
porque é que gastava a voz em algo tão inútil como esperar que alguém me fosse responder lá do alto da deceção, lá do pináculo da sabedoria, do cúmulo da paz e prosperidade, da terra dos magos e da feitiçaria?
eu gritava porque estava desesperado,
eu berrava porque estava frustrado,
eu falava alto para ver se me entendiam,
eu esperava para ver se me respondiam.
eu corria porque estava desamparado.
eu alcançava para não estar parado.
eu falava alto para ver se me entendiam,
eu avançava para ver o que faziam.
sou ícaro dos céus
e as minhas asas estão queimadas.
os meus sonhos despedaçados.
as minhas preces ignoradas.
roguei, rezei, pedi e supliquei.
mas a terra da feitiçaria
ficou estática, quieta e fria.
sou um nada e também um tudo.
sou o conhecimento e o obscurantismo.
sou o enganado e o tal sortudo.
sou tudo o que há, filho do fanatismo.
sou deus, sou celestial,
sou cósmico, sou universal!
sou terra e sou o céu,
sou destruidor do mais velho véu.
mas mais que tudo sou ícaro, o fracassado.
sou o espelho da vida, o infinito atormentado.
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