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paixão labiríntica de um amante injustiçado

enquanto caminho pelas trevas do universo labiríntico a que chamo alma tropeço e caio e sangro desespero. o medo e a confusão reinam nesta fonte inesgotável do mal e à medida que me levanto vejo o Terror num enigmático pedestal. mas quem será que o pôs ali? quem foi não sei, quem foi não vi. continuo a caminhar a chorar e a desesperar, procuro a saída deste pesadelo labiríntico mas tudo aquilo que encontro são fantasmas de memórias passadas, esgotadas e pesadas, risonhas e macabras. já nem sei há quanto tempo estou aqui, talvez este seja o sítio onde sempre vivi. as paredes são íngremes e obscuras, metem medo, mas não cedo. maldita a hora em que a minha alma se pronunciou, cedo me acordou e logo me chamou. agora estou aqui preso, preso no meu próprio ser. mas que ridícula e estúpida forma de viver, se ao menos eu tivesse algo que fazer... já nem faço sentido naquilo que digo... a angústia é tanta, será isto um castigo? oh, que pobre sofrido! sinto que estou f